× Capa Textos Áudios Perfil Livro de Visitas Contato Links
Wilson Magalhães
Poesias e Músicas
Textos
ONISCIÊNCIA
Desde cedo ficou provado
Que sem mim não existia a razão
Levei a liberdade por onde andei
Dei asas à imaginação.

Na vida me manifesto em diferentes visões:
Nos gênios, a genialidade
Nos amantes, a paixão
Nos viciados, a viagem
Nos artistas, a criação
No ateísmo, a camuflagem
Na fé, a religião
Nos perdidos, a vadiagem
Nos homens sérios, a razão
No radical, a ideologia
No crente, a devoção
No palanque, a promessa
No Pedante, a sedução.

Graças à minha existência, muito se sabe da vida
A verdade revelada
A hipocrisia despida
Sou inocência mansa
Ou violência incontida
A mente de uma criança
A mesma do fim da vida
Onde o ponto de chegada
Coincide com o de partida.

Filha da razão perdida, sou a razão da minha negação
A felicidade dos ricos
A humildade dos pobres
A derrota dos fracos
A vitória dos fortes
A sapiência dos olhos
A cegueira da mente
O altruísmo da esmola
A salvação da oferta
A confiança contida
O olhar pela fresta.

Muitas são as formas de minha manifestação
Nos que tentam me evitar, nos que saem à minha procura
Sinto aqui decepcionar aos que acham que tem uma cura
Porque não sou uma doença. Muito prazer, Sou a loucura!
Wilson Magalhães
Enviado por Wilson Magalhães em 10/11/2019
Comentários

SONETO DA INFELICIDADE

Pudesse eu, pegar estrelas

Sem o céu desmoronar

Conter a fúria das ondas

Sem acabar com o mar

 

À noite, invadir os sonhos

Sem lhe fazer despertar

Viver prazeres da vida

Sem ser preciso lhe amar

 

Cativar sua doçura

Por força dos meus ardis

Arrebatar a candura

Molhando os olhos sutis

 

Talvez ficasse contente

E eternamente infeliz