O grito sem rosto
Agoniza na rua
Partiu, não tem sol
Também não tem lua
A terra que pesa
O corpo não sente
Não chora, é semente
Que a água não rega
A esperança se pôs
Naufragou com os sonhos
Quem sabe outros tantos
Poderão se salvar
No morro entre as pedras
A esperança resiste
O amor sobrevive
Jamais morrerá
O asfalto patrão
Não faz distinção
É pena de morte
Pra qualquer cidadão
Bumerangue social
Queda no precipício
Financia o tráfico
Pra sustentar o vício
Wilson Magalhães
Enviado por Wilson Magalhães em 19/12/2019