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Wilson Magalhães
Poesias e Músicas
Textos
O grito sem rosto
Agoniza na rua
Partiu, não tem sol
Também não tem lua
 
A terra que pesa
O corpo não sente
Não chora, é semente
Que a água não rega
 
A esperança se pôs
Naufragou com os sonhos
Quem sabe outros tantos
Poderão se salvar
 
No morro entre as pedras
A esperança resiste
O amor sobrevive
Jamais morrerá
 
O asfalto patrão
Não faz distinção
É pena de morte
Pra qualquer cidadão
 
Bumerangue social
Queda no precipício
Financia o tráfico
Pra sustentar o vício
 
Wilson Magalhães
Enviado por Wilson Magalhães em 19/12/2019
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SONETO DA INFELICIDADE

Pudesse eu, pegar estrelas

Sem o céu desmoronar

Conter a fúria das ondas

Sem acabar com o mar

 

À noite, invadir os sonhos

Sem lhe fazer despertar

Viver prazeres da vida

Sem ser preciso lhe amar

 

Cativar sua doçura

Por força dos meus ardis

Arrebatar a candura

Molhando os olhos sutis

 

Talvez ficasse contente

E eternamente infeliz