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Wilson Magalhães
Poesias e Músicas
Textos
REVELAÇÃO
REVELAÇÃO

Caminhando pela sala
Envolto em recordações
Deparei com o meu ego
Me sentei com as reflexões

Vi passar o filme inteiro
Sem plateia, sem interrupção
Escapava, às vezes, um sorriso
Um soluço, uma repreensão

Com a alma fui limpar a estante
Zeloso, protegendo as imagens
Viajando a cada moldura
Cada rosto com sua mensagem

Vi a mão que embalava o berço
O bigode da proteção
Os pratos postos na mesa
Todos juntos em oração

Vi aqueles que por apreço
Sempre estenderam a mão
Sem imposição da troca
Apenas por opção

Nem tudo estava intacto
Sujo, às vezes rasgado
Alguns retratos quebrados
Foram deixados de lado

Descobri neste instante
O real sentido do perdão
Limpei e colei os pedaços
Sem raiva, mágoa ou compaixão
Wilson Magalhães
Enviado por Wilson Magalhães em 28/03/2020
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SONETO DA INFELICIDADE

Pudesse eu, pegar estrelas

Sem o céu desmoronar

Conter a fúria das ondas

Sem acabar com o mar

 

À noite, invadir os sonhos

Sem lhe fazer despertar

Viver prazeres da vida

Sem ser preciso lhe amar

 

Cativar sua doçura

Por força dos meus ardis

Arrebatar a candura

Molhando os olhos sutis

 

Talvez ficasse contente

E eternamente infeliz