× Capa Textos Áudios Perfil Livro de Visitas Contato Links
Wilson Magalhães
Poesias e Músicas
Textos
NOVO NORMAL
Eu não falo inglês não sou burguês, como viver
Ninguém me entende o português perdeu a vez
Acho que estou vivo, ou ao vivo, vai saber
Meus grandes amigos não preciso ver pra crer

A rua de casa já deixou de existir
Recebo visitas, conselhos que não pedi
Sorriso e palminhas, quem sabe um coração
Sempre avaliado pela minha reação

Morri para o mundo, parece real
Na realidade nasci no portal
Sou muito influente, um quase imortal
Efeito de marketing, sou fake total

Viajo nas nuvens junto com robôs
Navego nas ondas virtual do amor
Sem corpo ou contato, nada natural  
Sou apenas link, o novo normal

Sou mais do que dizem, hoje começo a pensar
Como aqui chegamos, aonde vamos parar
Repito postagens achando que as criei
Aceito contratos, sem saber o que assinei

O mundo é uma tela, aplicativo o lar
Ninguém tem mais vida fora de um celular
Corrente de sonhos e também de orações
Amizade, brigas, saber, desinformações

Morri para o mundo, parece real
Na realidade nasci no portal
Sou muito influente, um quase imortal
Efeito de marketing, sou fake total

Viajo nas nuvens junto com robôs
Navego nas ondas virtual do amor
Sem corpo ou contato, nada natural  
Sou apenas link, o novo normal
Wilson Magalhães
Enviado por Wilson Magalhães em 21/11/2020
Áudios Relacionados:
NOVO NORMAL - Wilson Magalhães
Comentários

SONETO DA INFELICIDADE

Pudesse eu, pegar estrelas

Sem o céu desmoronar

Conter a fúria das ondas

Sem acabar com o mar

 

À noite, invadir os sonhos

Sem lhe fazer despertar

Viver prazeres da vida

Sem ser preciso lhe amar

 

Cativar sua doçura

Por força dos meus ardis

Arrebatar a candura

Molhando os olhos sutis

 

Talvez ficasse contente

E eternamente infeliz