× Capa Textos Áudios Perfil Livro de Visitas Contato Links
Wilson Magalhães
Poesias e Músicas
Textos
MASSA DE MANOBRA
Há quem vê na noite escura
A lua iluminando o céu
Acha que o doce do açúcar
É o mesmo do favo de mel

Há quem compre alma pura
Por um décimo do que ganhou
Crê que tem lugar no eden  
Por repetir “Gloria ao Senhor”

Há quem julgue no passado
Os tropeços do caminhar
Porque poliu bem a casca
E pintou para disfarçar

Há quem a vida sufoca
Roubando-lhe o essencial
A mesa, o teto, o emprego
Ou corpo padece de um mal

Há quem faz da compaixão
Um manto que produz calor
Há quem ganhe mais que o pão
Pregando esperança e temor

Há quem lhe estende a mão
Faz tudo pra ajudar
Mas, há quem usa a pregação
Pra poder manipular
Wilson Magalhães
Enviado por Wilson Magalhães em 13/03/2021
Comentários

SONETO DA INFELICIDADE

Pudesse eu, pegar estrelas

Sem o céu desmoronar

Conter a fúria das ondas

Sem acabar com o mar

 

À noite, invadir os sonhos

Sem lhe fazer despertar

Viver prazeres da vida

Sem ser preciso lhe amar

 

Cativar sua doçura

Por força dos meus ardis

Arrebatar a candura

Molhando os olhos sutis

 

Talvez ficasse contente

E eternamente infeliz