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Wilson Magalhães
Poesias e Músicas
Textos
RECOMEÇO
De nada adianta a quem se foi
Se você arranjou um novo amor
O rio renovado a cada instante
Não represa água que passou

Quem parte para uma nova vida
Quando esta não existe mais
Deixa aqui espinhos e rosas
Um aceno na beira do cais

Da abelha guarda-se o néctar
O pólen, essência da flor
O afago doce do vento
O luar, o sonho, o calor

Tempestades singram a jornada
Nem sempre o mar é ameno
Da cobra, símbolo da maldade
A cura se extrai do veneno

Mas o Senhor do mundo, o tempo
Balsamo de mágoas e feridas
Chave do baú de planos
Gênesis do fim e da partida

Faz desta vida vivida
De todas a mais importante
A chance de recomeçar
Pra quem fica ou segue adiante
Wilson Magalhães
Enviado por Wilson Magalhães em 13/03/2021
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SONETO DA INFELICIDADE

Pudesse eu, pegar estrelas

Sem o céu desmoronar

Conter a fúria das ondas

Sem acabar com o mar

 

À noite, invadir os sonhos

Sem lhe fazer despertar

Viver prazeres da vida

Sem ser preciso lhe amar

 

Cativar sua doçura

Por força dos meus ardis

Arrebatar a candura

Molhando os olhos sutis

 

Talvez ficasse contente

E eternamente infeliz