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Wilson Magalhães
Poesias e Músicas
Textos
INSTANTÂNEO
O muro caiu
O morro também
Foi tudo tão rápido
Que nada sobrou

Ninguém lavou roupa
Em casa ou em público
O povo coitado
Ficou nos escombros

Mais uma cartada
Mais uma jogada
A câmara comprada
Não tira retrato

O fim da conversa
Vitória do ódio
Quem está no pódio
Não tem compaixão

Tá tudo tomado
O povo na maca
Até a floresta
O fogo queimou

O caos instalado
A morte a galope
O fim da matança
Só Deus sabe quando
Wilson Magalhães
Enviado por Wilson Magalhães em 06/04/2021
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SONETO DA INFELICIDADE

Pudesse eu, pegar estrelas

Sem o céu desmoronar

Conter a fúria das ondas

Sem acabar com o mar

 

À noite, invadir os sonhos

Sem lhe fazer despertar

Viver prazeres da vida

Sem ser preciso lhe amar

 

Cativar sua doçura

Por força dos meus ardis

Arrebatar a candura

Molhando os olhos sutis

 

Talvez ficasse contente

E eternamente infeliz