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Wilson Magalhães
Poesias e Músicas
Textos
ANÚNCIOS DA TV
Às vezes me pego pensando
Nos anúncios que são exibidos
Fico surpreso e curioso:
A quem eles são dirigidos?

Vejo um carro todo equipado
Com tecnologia de ponta
Penso: quantos são os brasileiros
Que podem pagar essa conta?

A oferta no supermercado
Tem filé, picanha e sal grosso
Enquanto isso o povo faminto
Se espremendo na fila do osso

Os bancos oferecem fundos
Cartões e cheque especial
Para um público dependente
De algum programa social

Hotéis, pacotes de viagens
Para os donos de privilégios
Para os que podem estudar
Faculdades e bons colégios

Claro que alguns podem comprar
Essa é a grande verdade
Mas carrega a constatação
Dos males da desigualdade
Wilson Magalhães
Enviado por Wilson Magalhães em 10/01/2022
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SONETO DA INFELICIDADE

Pudesse eu, pegar estrelas

Sem o céu desmoronar

Conter a fúria das ondas

Sem acabar com o mar

 

À noite, invadir os sonhos

Sem lhe fazer despertar

Viver prazeres da vida

Sem ser preciso lhe amar

 

Cativar sua doçura

Por força dos meus ardis

Arrebatar a candura

Molhando os olhos sutis

 

Talvez ficasse contente

E eternamente infeliz