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Wilson Magalhães
Poesias e Músicas
Textos
COTIDIANO CARIOCA
A violência arrancou a camisa
E com rifles pesados nos ombros
Desceu as escadas do morro
Jogando a paz nos escombros

A violência calçou seus coturnos
No mister de defensor do estado
Subiu as escadas do morro
Deixando a prudência de lado

Foi tiro pra todos os cantos
Nas casas e em gente inocente
Das veias de bandidos e soldados
Escorria o sangue... indiferente

A população morria aterrorizada
Sem força transitava perplexa
Entre terror, medo e desespero
A dor sempre encontra uma brecha

Dois poderes em guerra nas ruas
Um informal, outro constituído
Mas é a ação nos limites das leis
Que separa homens de bandidos
Wilson Magalhães
Enviado por Wilson Magalhães em 30/07/2022
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SONETO DA INFELICIDADE

Pudesse eu, pegar estrelas

Sem o céu desmoronar

Conter a fúria das ondas

Sem acabar com o mar

 

À noite, invadir os sonhos

Sem lhe fazer despertar

Viver prazeres da vida

Sem ser preciso lhe amar

 

Cativar sua doçura

Por força dos meus ardis

Arrebatar a candura

Molhando os olhos sutis

 

Talvez ficasse contente

E eternamente infeliz