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Wilson Magalhães
Poesias e Músicas
Textos
CEGUEIRA
É um perigo amiga Sofia
Mover-se na areia da ignorância
Colher lúcido, o perfume das letras
Espalhar pelo ar sua fragrância

Sombras, mais que a verdade se impõe
Aos prisioneiros da caverna fria
Dói-lhes muito a razão secular
O espanto da filosofia

Nessa vida de voz digital
Bem e mal habitam a teia
Fontes puras se curvam ao caos
Do irreal canto da sereia

Nas redes, templos e cercados
Hinos e cânticos amaldiçoados
Cravam espinhos com ódio untados
Nas ovelhas, asnos e gados

Turva a imagem, a mente insana
Dando vida ao descalabro
Para quem não saiu da caverna
Ou saiu com tino vendado
Wilson Magalhães
Enviado por Wilson Magalhães em 28/05/2023
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SONETO DA INFELICIDADE

Pudesse eu, pegar estrelas

Sem o céu desmoronar

Conter a fúria das ondas

Sem acabar com o mar

 

À noite, invadir os sonhos

Sem lhe fazer despertar

Viver prazeres da vida

Sem ser preciso lhe amar

 

Cativar sua doçura

Por força dos meus ardis

Arrebatar a candura

Molhando os olhos sutis

 

Talvez ficasse contente

E eternamente infeliz