A Moça na Janela
E a poesia caiu da janela
Numa folha branca, limpa singela
Olhei para cima e lá estava ela
Uma inspiração que se oferecia
Talvez a moça ainda fosse donzela
Mas tanta pureza ali não cabia
A alça da blusa de um lado pendia
E a nudez dos seus ombros ainda ardia
Peguei o papel como se fosse um sonho
Nesse momento escondi no soneto
Todo sentimento que corrói um homem
Como a inspiração viva de um poeta
E a ambos o fogo que de amor consome
Com codinome de ardor e poema
Wilson Magalhães
Enviado por Wilson Magalhães em 03/06/2023