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SONETO DA INFELICIDADE
Pudesse eu, pegar estrelas
Sem o céu desmoronar
Conter a fúria das ondas
Sem acabar com o mar
À noite, invadir os sonhos
Sem lhe fazer despertar
Viver prazeres da vida
Sem ser preciso lhe amar
Cativar sua doçura
Por força dos meus ardis
Arrebatar a candura
Molhando os olhos sutis
Talvez ficasse contente
E eternamente infeliz